Amaral Filho


A arte sacra é uma das manifestações mais antigas da escultura, presente em diferentes culturas como forma de representar figuras devocionais e de manter viva a memória de tradições religiosas. O artesão Amaral Filho insere-se nessa tradição ao dedicar-se sobretudo à escultura de santos em madeira.

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Morros – MA

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Sobre as criações

A arte sacra é uma das manifestações mais antigas da escultura, presente em diferentes culturas como forma de representar figuras devocionais e preservar tradições religiosas. No Brasil, consolidou-se sobretudo no período Barroco, com imagens que povoam igrejas, casas e espaços de devoção popular. O artesão Amaral Filho insere-se nessa tradição ao dedicar-se sobretudo à escultura de santos em madeira. Seu processo é minucioso e começa pela escolha do tronco, que vai sendo talhado com formões até ganhar forma. Os detalhes mais finos são trabalhados posteriormente com o auxílio de um microretificador. Depois, a peça recebe uma camada de massa para corrigir imperfeições e, em seguida, vem a pintura, que lhe dá cor e presença — com exceção das esculturas em osso, que permanecem em sua cor natural. Além das imagens católicas, Amaral já produziu esculturas ligadas ao hinduísmo e também aceita encomendas diversas, que vão de animais a elementos carnavalescos. Ainda assim, é na arte sacra que encontra sua identidade e vocação, concentrando nela sua maior dedicação. Para ele, essas peças têm um papel muito maior do que o meramente decorativo:

“A arte sacra é uma cultura milenar, em todas as partes do mundo têm escultura religiosa (…) A escultura serve para que o cidadão se lembre daquele personagem que passou, desperte a memória. A arte para mim tem esse objetivo, despertar a pessoa para o que já aconteceu e que pode acontecer também”.

Sobre quem cria

João Batista Amaral Filho descobriu a escultura ainda adolescente, em 1983, durante um curso com o mestre Barbosa, referência na cidade de Morros, no Maranhão. Poucos anos depois, já trabalhava ao lado do mestre e, em 1988, decidiu seguir seu próprio caminho como artesão profissional. Desde então, fez da arte sua fonte de sustento, levando suas peças para cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília. A escultura não apenas lhe trouxe independência financeira, como também lhe permitiu permanecer em sua cidade natal, onde as oportunidades eram escassas. Mais do que um ofício, a arte tornou-se um caminho de vida, ampliando horizontes culturais e gerando encontros marcantes. Em uma exposição em Brasília, por exemplo, uma visitante reconheceu em suas formas o mesmo traço que já havia visto em uma peça vinda de Morros, anos antes. Hoje, Amaral também transmite seu saber, ministrando cursos em sua cidade e em São Luís, ajudando a perpetuar essa herança cultural.

Sobre o território

Morros, no estado do Maranhão, é um município de cerca de 18 mil habitantes, com uma economia voltada principalmente para o setor público e os serviços. Entre morros, matas nativas, babaçuais e áreas agrícolas, a cidade é atravessada pelos rios Una e Munim, que formam balneários de águas cristalinas e atraem visitantes interessados no turismo ecológico. Essa paisagem, marcada pela transição entre Amazônia e Cerrado, fornece também parte da matéria-prima utilizada por artesãos como Amaral.

No campo cultural, Morros preserva tradições que reforçam a identidade e o senso de comunidade local. O município abriga o Bumba-meu-boi de sotaque de orquestra, com destaque para o Boi de Morros, fundado em 1976 e reconhecido tanto pela expressividade artística quanto pelo trabalho social e ambiental. Festividades como as de São João, Nossa Senhora Aparecida e São Bernardo, padroeiro da cidade, também integram o calendário cultural da cidade, sendo reconhecidas como importantes patrimônios culturais imateriais.

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