A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Associação Buriti Arte


O grupo é formado por dez artesãs que têm no artesanato com a fibra de buriti a principal fonte de renda, produzindo peças que são comercializadas em feiras e lojas em todo território nacional.

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Telefone (98) 98780-1421
Contato Sandra Regina Santos da Silva
Rua dos Prazeres 04 Vila Primavera – Maracanã, CEP 65090-804, São Luis – MA

A Artesol não intermedeia relações estabelecidas por meio desta plataforma, sendo de exclusiva responsabilidade dos envolvidos o atendimento da legislação aplicável à defesa do consumidor.

Sobre as criações

Buriti é uma árvore nativa do Brasil, de grande valor para os povos tradicionais que a batizaram de “árvore da vida”. Isso porque da palmeira que alcança de 20 a 30 metros tudo se aproveita – folhas, talos, frutos e sementes, nutrem, protegem, são trabalhados a gerar renda. 
Para o artesanato produzido pelo grupo são utilizadas o linho, parte mais nobre da fibra, e a borra, tida muitas vezes como refugo em outras produções. O trabalho de obtenção da fibra é em geral realizado pelos homens, conhecidos como tiradores, que sobem até o topo das palmeiras para com cuidado retirar o broto das folhos, conhecido como olho. 

Após retirada do olho é preciso cortar as folhas separando em linhas finas que serão cozidas para conferir maleabilidade e resistência. O tingimento é realizado nesta etapa de cozimento, podendo ser feito com pigmentos naturais ou sintéticos. 

São duas as principais técnicas de construção das peças: o trançado e o “vezinho”. Para o trançado primeiro preparam uma espécie de trança de três partes. Em uma estrutura de tear, tendo uma corda mais fina como urdume, tramam com a traça. Já o “vezinho” é um tipo de trançado realizado em um bastidor onde o entrelaçamento da corda previamente manufaturada forma uma composição que sugere uma sequência de pequenos “ves”, daí o nome. A técnica do “vezinho” e uso de compensado como estrutura de algumas peças, como bolsas e jogos americanos, é o diferencial do grupo. 

Associação Buriti Arte / Crédito das fotos: Divulgação

Sobre quem cria

No ano de 2002 a ONG Visão Mundial, que atua no desenvolvimento e resposta a situações de emergência, chegou a alguns bairros da cidade de São Luís com cursos profissionalizantes para geração de emprego e renda. Esse foi o início do grupo Buriti Arte – Mulheres de Fibra, que aprendeu técnicas de trançado com fibra de buriti, muito tradicionais da região. 

Além dessa parceria, também receberam apoio do Instituto HSBC Solidariedade de 2006 a 2008, do Instituto Sinergia, Instituto Walmart em 2007 e Instituto de Desenvolvimento do Artesanato Maranhense – IDAM de 2007 a 2009. Em 2002 foram contempladas com o prêmio Top 100 do Sebrae. O designer Marcelo Medeiros, responsável pela implementação do programa de desenvolvimento em 2002, tem relação de longa data com o grupo e atua em projetos no local desde então. 
O grupo é formado hoje por dez artesãs que têm no artesanato a principal fonte de renda, produzindo peças que são comercializadas em feiras e lojas em todo território nacional. 

Sobre o território

São Luís é capital do estado do Maranhão, localizado na região Nordeste, com privilegiado acesso ao oceano Atlântico. Território de cultura riquíssima, as heranças dos povos indígenas, europeus e africanos que constituíram a localidade é impressa em suas expressões. Festas populares como o carnaval de rua e o tradicional bumba meu boi e danças como tambor de crioula e cacuriá registram e relembram as origens da população.
Sendo a única cidade brasileira fundada por franceses e tendo sido ocupada também por holandeses e portugueses, tem parte de sua história conservada nos mais de 3.500 prédios do centro histórico. Tal fato fez com que a área fosse declarada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco no ano de 1997. 

Toda essa riqueza histórica e cultural constituiu-se em um cenário de praias paradisíacas. A capital foi batizada pelos indígenas Tremembés no início do século XVII com o nome “Upaon-Açu”, que em Tupi-Guarani significa “Ilha Grande”. De lá pra cá, nas letras de escritores e poetas, a ilha recebeu diversos apelidos como Ilha Rebelde, Ilha Magnética, Ilha do Amor e dos Poetas.

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