A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Grupo Mulheres de Fibra – Jupati


O artesanato do grupo Arte em Fibra de Jupati de São Sebastião da Boa Vista no Marajó encanta pela intensidade de suas cores e complexidade de suas tramas. Os intrincados desenhos revelam caminhos de conhecimentos ancestrais, passados de geração em geração.

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Sobre as criações

O artesanato do grupo Arte em Fibra de Jupati de São Sebastião da Boa Vista no Marajó encanta pela intensidade de suas cores e complexidade de suas tramas. Os intrincados desenhos revelam caminhos de conhecimentos ancestrais, passados de geração em geração. São as mães que ensinam os filhos e filhas quando ainda crianças, é um ofício tido como familiar, fonte de renda de inúmeras famílias da região

A matéria prima utilizada é a fibra de jupati, espécie de palmeira nativa com folhas que podem atingir até 15 metros. Do pecíolo da folha que se extrai a fibra de brilho intenso, longa e grossa, utilizada nos trançados. O beneficiamento da fibra passa por processo de raspagem, secagem e tingimento.

Aos padrões tramados, as mulheres dão o nome de enfeites e caminhos. Os enfeites são os desenhos mais complexos, geralmente cada família possui um acervo de enfeites memorizados na prática e ensinados pelas mais velhas. Já os caminhos são padrões menos complexos utilizados na composição, como linhas diagonais e em zigue-zague. 

Os produtos criados pelas artesãs são dos mais diversos e criativos, garrafas encapadas com enfeites formando dizeres, chapéus, bolsas, pulseiras, canetas, entre outros.

Grupo Mulheres de Fibra – Jupati / Crédito das fotos: Divulgação

Sobre quem cria

As histórias se repetem: a menina que aprende com a mãe, entre os 7 e 10 anos, começa trançando o chapeuzinho, depois encapa garrafa, passa para o chapéu, encanta-se com o que as próprias mãos têm capacidade de criar. 

O conhecimento ancestral há muito é fonte de renda para as artesãs da região, mas foi no ano de 2014, com apoio do Ministério da Cultura e do Sebrae, que o grupo Mulheres de Fibra foi formado. Hoje conta com 6 artesãs muito orgulhosas do ofício, que trabalham na produção de belas peças comercializadas no local e na capital Belém.

Sobre o território

O Marajó é o maior complexo de ilhas flúvio marítimas do mundo. Localizado na foz do Rio Amazonas, tem quase 50 mil quilômetros quadrados e abriga 12 municípios que são Santa Cruz do Arari, Afuá, Anajás, Breves (a capital da Ilha de Marajó), Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Soure. Sua paisagem encanta, com florestas, campinas, gramados, praias de rio, lagos de todos os tamanhos, furos e igarapés. São as águas que ditam os ritmos e caminhos cotidianos das ilhas.

Conhecida como Veneza do Marajó por sua estrutura construída sobre inúmeros canais, São Sebastião da Boa Vista tem pouco mais de 25 mil habitantes divididos em comunidades ribeirinhas instaladas por entre seus rios e furos. É na Ilha Chaves que se concentra a produção da arte em fibra de jupati.

Saiba Mais:

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