Rita Lúcia de Paula Arruda
Em Poconé, Rita e outras artesãs têm trazido para as telas que bordam temas que fazem parte de seu cotidiano, retratando o bioma do Pantanal, do qual Poconé é a porta de entrada, e cenas cotidianas ligadas ao cultivo do milho e da abóbora, principalmente.
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Sobre as criações
A arpillera possui forte vínculo com uma antiga tradição popular iniciada por um grupo de bordadeiras de Isla Negra, localizada no litoral central chileno. As arpilleras originais eram montadas sobre um pano rústico, usado como saco de farinha ou batatas. Em cima desse pano, as artesãs faziam toda a costura à mão, utilizando agulhas e fios e outros panos. As mulheres tinham o costume de bordar a sua própria história, a de sua família e comunidade, como forma de registrar sua vida cotidiana e de afirmar sua identidade. Com as arpilleras, muitas mulheres chilenas puderam denunciar e enfrentar a ditadura militar que marcou muitos países da América do Sul, na segunda metade do século XX.
Em Poconé, Rita e outras artesãs têm trazido para as telas que bordam temas que fazem parte de seu cotidiano, retratando o bioma do Pantanal, do qual Poconé é a porta de entrada, e cenas cotidianas ligadas ao cultivo do milho e da abóbora, principalmente. O tamanho das telas varia entre 30cm a até 1 metro, ou mais.
Sobre quem cria
Rita Lúcia de Paula Arruda trabalhou como professora escolar por muitos anos. Aprendeu com sua mãe a arte de bordar e de fazer crochê e tricô. Mas foi depois de aposentada que se dedicou ao artesanato, após um curso de arpillera, oferecido em 2013 pela Secretaria de Cultura do município onde mora, Poconé.
A arpillera ou arpilharia, como é chamada no Brasil, é uma técnica têxtil de origem chilena, também presente no Peru e foi passada por Noris Vasquez Linares para um grupo de cerca de 30 mulheres da cidade. Rita é uma das poucas que seguiu com a atividade e hoje borda nas telas um pouco do pantanal e do cotidiano da região.
Sobre o território
Banhada pelos rios Cuiabá e Paraguai, Poconé é o principal acesso para a estrada Transpantaneira, porta de entrada para o Pantanal Mato-grossense. Considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta, o pantanal ocupa a menor extensão territorial no Brasil, cerca de 2%, o que não diminui a grande riqueza de diversidade na fauna e na flora. Mesmo com sua importância, o bioma vem sendo impactado pela ação humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto adjacentes.