Seringô


A Seringô é uma instituição ambiental que trabalha com produtos feitos de encauchado de vegetais da Amazônia, borracha natural produzida em seringais nativos por comunidades indígenas e de caboclos. Produz uma linha de produtos diversificada e de design arrojado que inclui sandálias,  biojoias, jogos americanos, cachepôs e sousplats.

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Sobre as criações

Encauchado de vegetais da Amazônia é o nome da borracha natural produzida em seringais nativos por comunidades indígenas e de caboclos, a partir da mistura do látex com fibras vegetais como resíduos da indústria do açaí. O material foi desenvolvido através de pesquisas acadêmicas aliadas ao saber popular de indígenas, seringeiros e outros moradores da floresta. Os experimentos que tiveram início há 20 anos no Acre culminaram na criação de uma linha de produtos diversificada e de design arrojado que inclui sandálias,  biojoias, jogos americanos, cachepôs e sousplats. Esses últimos são  inspirados nos desenhos, formas, texturas e cores das folhas da Floresta Amazônica, como a folha capeba, a vitória-régia, a apuí, entre outras. Atualmente, a organização está no processo de criação de uma nova marca de produtos chamada Seringô a partir dessa borracha orgânica.

O grande diferencial desses produtos é a tecnologia social que transformou o processo industrial de “vulcanização” (que origina a borracha) em um processo artesanal de manuseio do látex. Na prática, o composto base que seria usado na indústria é desidratado naturalmente e se transforma em borracha vegetal no meio da floresta, com o moldes artesanais, sem necessidade de energia elétrica, máquinas ou estufas, ou seja, com uso racional de recursos naturais.

Seringô / Crédito das fotos: Theo

Sobre quem cria

O Poloprobio é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, sem fins lucrativos, fundada em 1998, que desenvolve a parte educacional e tem a Seringô, como uma instituição ligada ao Poloprobio, mas que mantém certa independência. A Seringô é uma empresa paraense fundada em 2008, com fins econômicos, com sede em Castanhal (PA). Ambas atuam na valorização do látex natural da Amazônia, desenvolvendo soluções inovadoras e sustentáveis para os mercados de produtos naturais e de base florestal, fortalecendo as comunidades tradicionais e indígenas, a partir de processos que dão ao produtor acesso à tecnologia e o direito de empreender e fabricar produtos prontos com maior valor agregado. O negócio envolve pequenos produtores extrativistas, cooperativas e associações locais em uma cadeia produtiva ética e rastreável, estimulando o fortalecimento da bioeconomia amazônica.

Com foco em práticas de economia circular, a Seringô oferece produtos e processos baseados no látex natural, como artesanatos, biojoias, utilidades domésticas e, sua principal linha de produtos, são os calçados sustentáveis. A Seringô conta com sede própria, e mantém parcerias estratégicas com centros de pesquisa, redes de inovação e programas de fomento e tem como princípios a rastreabilidade da matéria-prima, o respeito à floresta em pé e a geração de valor para as comunidades amazônicas. Entre os grupos envolvidos com a produção de artesanatos de latex estão os moradores de terras indígenas da Amazônia Legal como, por exemplo, as terras do povo Kaxinawá de Nova Olinda no Estado do Acre.

Seringô / Crédito das fotos: Theo

Sobre o território

As pesquisas que resultaram no desenvolvimento da tecnologia utilizada no Polo Probio nasceram através dos estudos do ecologista Francisco Samonek, da Universidade Federal do Acre, junto a indígenas e seringueiros do município Vila Acre. Posteriormente, a tecnologia foi replicada em outros destinos da Amazônia, estimulando a reativação de seringais nativos no Acre, Amazonas, Rondônia e Pará, somando 17 pequenas unidades de produção coletivas ou familiares. Com isso, centenas de extrativistas foram motivados a se manter na floresta de forma digna sobrevivendo de sua atividade tradicional. Assim, a mata continua em pé e os seus moradores não precisam migrar para tentar subempregos nas cidades ou para atividades como a agropecuária e o desmatamento ilegal. Essa estratégia foi uma forma de reverter as consequências da falência do modelo convencional de produção da borracha. Praticado desde o início da era industrial, esse modelo tornou-se obsoleto e insustentável para os extrativistas da Amazônia. Depois do ciclo da borracha, as comunidades ficaram abandonadas. Veio a substituição das florestas pelo pasto e pela soja, sendo destruídos milhares de hectares de seringais nativos com toda sua biodiversidade ainda não estudada.

Hoje, a Rede Encauchados conta com o apoio da Fundação Banco do Brasil/BNDES e da “Redes ECOFORTE de Agroecologia”, consolidando-se como um empreendimento que gera trabalho, renda, empoderamento e inclusão socioeconômica nesses seringais reativados, o que significa a preservação de grandes áreas de mata nativa.

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