Taffarel Sawaru Karajá
Na cultura Karajá, o conhecimento é vivo e se multiplica. Os mais velhos continuam ensinando aos jovens, garantindo que a sabedoria ancestral flua como as águas do grande rio que cerca sua aldeia. Taffarel carrega essa missão com orgulho, sendo ao mesmo tempo aprendiz eterno de seu pai e mestre para as novas gerações.
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Sobre as criações
Das mãos habilidosas de Taffarel nascem peixes esculpidos em madeira de landim, pequenos animais como capivaras e onças-pintadas, além de remos que carregam a sabedoria do povo Karajá. A matéria-prima é buscada com cuidado a cerca de cinco ou seis quilômetros de sua aldeia, mantendo viva a conexão com a natureza que sempre guiou seu povo.
Junto com sua equipe, Taffarel também cria bonecas de cerâmica que guardam histórias milenares. O barro é coletado do outro lado do rio, na divisa com Mato Grosso, onde a terra oferece a mistura perfeita para dar forma aos sonhos e tradições. Cada peça passa pelo fogo sagrado antes de receber as pinturas que contam as histórias de seu povo, num processo que une técnica tradicional e criatividade contemporânea.
Sobre quem cria
Desde criança, Taffarel aprendeu com seu pai os segredos do artesanato Karajá. Cada gesto, cada técnica foi passada de geração em geração, como um tesouro que não se perde no tempo. “Cada um é um mestre”, ele explica, “cada pessoa tem seu próprio jeito de fazer artesanato.” Há os mestres das esteiras, os especialistas em bonecos que representam a beleza feminina, cada um guardando conhecimentos únicos sobre diferentes tipos de madeira.
Na cultura Karajá, o conhecimento é vivo e se multiplica. Os mais velhos continuam ensinando aos jovens, garantindo que a sabedoria ancestral flua como as águas do grande rio que cerca sua aldeia. Taffarel carrega essa missão com orgulho, sendo ao mesmo tempo aprendiz eterno de seu pai e mestre para as novas gerações.
O artesanato transformou a vida de Taffarel e sua família. “Hoje é bem diferente da minha infância, quando tive muitas dificuldades”, ele conta. Através de suas criações, conseguiu não apenas sustentar sua família, mas também manter viva um conjunto de preciosas tradições que poderiam se perder no tempo. Cada peça vendida é uma vitória da cultura Karajá, uma prova de que a arte indígena tem seu valor e espaço no mundo contemporâneo.


Sobre o território
O povo Karajá forma o maior grupo indígena do Tocantins, com 6.123 indígenas segundo o último levantamento oficial. No estado do Tocantins, a população total dos povos originários soma 20.023 pessoas autodeclaradas indígenas, representando 1,32% da população total do estado, de acordo com dados do Censo 2022. A maioria dessa população, 15.213 pessoas (75,9%), vive em terras indígenas, enquanto 4.810 (24%) residem fora delas. Essencialmente coletores e pescadores, após longo período de migração, os Iny (como se autodenominam os Karajá) se fixaram na Ilha do Bananal.
Lagoa da Confusão é um município tocantinense com área territorial de 10.563,181 km² e população de 15.288 habitantes (Censo 2022), resultando em densidade demográfica de 1,45 hab/km² e IDHM de 0,627. O território é composto 100% pelo bioma Cerrado, caracterizado por savanas tropicais com vegetação de árvores baixas e esparsas, campos limpos e matas de galeria. A região possui clima tropical semi-úmido com duas estações bem definidas: seca (maio a setembro) e chuvosa (outubro a abril). Este ambiente de cerrado e a proximidade com o rio Araguaia fornecem as condições ideais para a coleta das matérias-primas utilizadas no artesanato Karajá, como as madeiras específicas e o barro para cerâmica, elementos fundamentais para a manutenção das tradições culturais do povo.


















