A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

TURIARTE – Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta


A técnica de trançado de palha da Turiarte é passada de geração em geração em comunidades amazônicas às margens do Rio Arapinus. É das folhas do tucumã que os artesãos extraem a fibra usada para trançar cestos, mandalas, bolsas, colares vasos, baús com desenhos geométricos de estilo próprio e cores vibrantes.

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Sobre as criações

A técnica de trançado de palha da Turiarte é passada de geração em geração em comunidades amazônicas às margens do Rio Arapinus. É das folhas do tucumã, tipo de palmeira bastante encontrada no Pará, que os artesãos extraem a fibra usada para trançar cestos, mandalas, bolsas, colares vasos, baús com desenhos geométricos de estilo próprio e cores vibrantes. Em alguns casos, as fibras podem ser tingidas com pigmentos naturais, por processo de fervura de plantas encontradas na Amazônia.

Para dar cor e vida às peças, as fibras de palha passam por um processo de pigmentação natural a partir de flores, raízes e folhas da floresta. Para obter a cor vermelha as mulheres utilizam o cipó de uma árvore chamada Crajiru, também muito usada para fazer chá e combater a anemia. Já o pigmento amarelo é extraído da raiz da Mangarataia Amarela, também conhecido como Cúrcuma ou Açafrão. Depois de colhidas, as folhas ou raízes são raladas, piladas e postas em água quente para fervura, e lá adicionadas às fibras de palha.

Sobre quem cria

Ao todo, cerca de 50 mulheres de seis diferentes comunidades se dedicam à atividade do trançado e se organizam através da cooperativa Turiarte, que foi estruturada com o apoio do organização Saúde & Alegria. Há mais de duas décadas a ONG atua no oeste do Pará com articulação social nas comunidades ribeirinhas dos Rios Arapiuns e Tapajós, através de diferentes programas de saúde, educação e inserção tecnológica e produtiva. No caso da criação da Turiarte, a proposta era transformar a atividade tradicional do trançado em uma oportunidade de geração de renda, resgatando saberes e habilidades comuns dos povos ribeirinhos a partir de projetos de capacitação. O fortalecimento da atividade enquanto negócio tem melhorado a auto-estima das artesãs e tornado sua participação mais ativa nas articulações políticas de suas respectivas comunidades. Isso se reflete em mais estrutura e desenvolvimento coletivo. Embora as  mulheres estejam divididas em diferentes comunidades que são acessadas entre elas de barco, existe um movimento coletivo de apoio mútuo.

Turiarte / Crédito das fotos: Theo

Sobre o território

A confecção do artesanato de tucumã é feita por 55 artesãos (cerca de 50 mulheres e 5 homens) de cinco comunidades ribeirinhas da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, a cerca de seis horas de barco do município de Santarém. Essa região do oeste paraense é formada por um emaranhado de rios que deságuam no Tapajós, um rio esmeralda que parece mar, onde bancos de areia branca emergem no período da seca contrastando com a Floresta dos arredores. É essa paisagem encantadora que emoldura comunidades de artesãos como Vila Goreônicas, Amã, Arimum, São Miguel, Urucurea e Vila Brasil. O isolamento desses núcleos faz com que os ribeirinhos dali mantenham vivas atividades tradicionais dos povos da floresta.  Além do artesanato, da pesca e da agricultura de subsistência, o turismo de base comunitária também tem ganhado espaço como fonte de renda complementar. A comunidade de Anã possui uma pousada comunitária e oferece aos turistas o que a floresta tem de mais instigante: praias de rio, o delicioso mel de abelha nativa, as receitas com o tambaqui assado na praia e a hospitalidade de cerca de 90 famílias que vivem de forma tradicional no coração da selva Amazônica. De lá é possível partir de pequenos barcos até as outras comunidades ao redor.

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