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Sobre as criações
As criações de Alexandre são artesanais e rústicas, e sua escala é de pequena produção. Trabalhando sozinho, ele cuida de todo o processo até chegar em suas obras finais de entalhe e pintura. O primeiro passo é buscar a madeira, que ele resgata de caçambas, em sobras de podas de árvore ou em depósitos. Nas caçambas, ele costuma encontrar Peroba, Itaúba, Imbuia e Cedro, madeiras muito boas para entalhe, na maioria das vezes de portas e janelas antigas. Das podas, ele costuma resgatar troncos de Eucalipto, Pau-ferro e Tipuana. Depois de resgatada a madeira, ele garante a qualidade dela, faz a assepsia, lixa, e começa o entalhe.
Alexandre prefere trabalhar com troncos, principalmente por sua característica rústica. “Não é sobre o que eu quero fazer, é sobre o que ela me deixa fazer”, ele traz sobre sua relação com a madeira e conta que gosta da imprevisibilidade dela. Com suas ferramentas, em especial seu formão de 50mm e sua marreta de borracha, Alexandre esculpe suas obras com o objetivo de mostrar a riqueza da cultura e do folclore brasileiros, especialmente na dança do interior de São Paulo. Suas principais inspirações são a Congada, a Cavalhada, o Jongo, além de temáticas relacionadas a religiosidades e sincretismos.
Sobre quem cria
Há mais de vinte anos Alexandre Eufrasio dos Santos começou a trabalhar com entalhe em madeira, ocupação que hoje preenche a maior parte da sua semana. Muito inspirado pelas obras do Mestre Deodato e outros artistas com que ele cruza caminhos, Alexandre é autodidata e gosta de aprender observando e fazendo: “Quanto mais você erra, mais você aprende”, ele conta sobre sua perspectiva de aprendizado. Alexandre é expositor de feiras e se sente especialmente inspirado pelas trocas que acontecem nelas. Seu principal objetivo enquanto artesão é retratar a cultura do interior de São Paulo, e para isso estuda muito sobre as tradições e sua diversidade, para assim poder representá-la em suas obras.
Sobre o território
Alexandre mora na cidade de São Paulo, mais especificamente na Zona Norte da capital. Ele circula e é impactado por esse território de duas maneiras muito significativas: aprendendo sobre sua cultura e buscando a matéria prima para suas obras. As culturas e tradições especificamente do Estado de São Paulo tem grande importância em seu entalhe, sendo sua inspiração e sua dedicação representá-las e mostrar sua diversidade, especialmente para quem está fora do estado. Já a sua matéria-prima, a madeira, Alexandre a resgata desse território urbano, especialmente em caçambas, depósitos de madeireiras ou de podas de árvores, buscando a sustentabilidade na sua produção e fazendo suas criações a partir desses achados da cidade grande.