Amor Peixe
As artesãs da Associação Amor Peixe atuam com técnicas de produção de artesanato de couro de peixe dando vida e cor aos resíduos da atividade pesqueira.
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Sobre as criações
As artesãs da Associação Amor Peixe atuam com técnicas de produção de artesanato de couro de peixe dando vida e cor aos resíduos da atividade pesqueira. A proposta é aproveitar a pele de peixe, que antes ia para o lixo, e transformar o material em acessórios como bolsas, cintos, carteiras, roupas, agendas, pulseiras e bijuterias que chamam atenção pela textura natural das peças e as cores vibrantes obtidas a partir do tingimento do couro. Nada é jogado fora. Tudo é aproveitado. Até as escamas de peixe se transformam em bijuterias. Ao todo, são 45 tipos de produtos desenvolvidos.
A pele de diferentes espécies pode ser utilizada para esse tipo de artesanato. Os peixes mais utilizados no curtimento são o curimatã, tambaqui, tilápia do Nilo, carpa, pacú, tainha e cação, entre outros. Na Associação Amor Peixe, a principal matéria-prima é a pele de tilápia que passa por mais de 15 etapas até estar pronta para iniciar o trabalho. Essas etapas são: conservação – limpeza – remolho – descamação – descame – desengraxe – desencalagem e purga – píquel – curtimento – descanso – tingimento – engraxe – secagem – amaciamento – acabamento.
Sobre quem cria
A Associação Amor Peixe foi criada em 2003, a partir de um projeto da organização WWF com foco em promover o reaproveitamento de resíduos da atividade da pesca e a inserção produtiva de mulheres de Corumbá. Para a consolidação do Grupo, foram realizadas oficinas focadas no desenvolvimento de produtos, associativismo, meio ambiente e empreendedorismo. A associação fica sediada na Casa do Artesão, uma casa histórica que funciona como um espaço coletivo de comercialização de diferentes grupos de artesãos.
Sobre o território
O município de Corumbá fica às margens do Rio Paraguai, na divisa entre o Brasil e a Bolívia, cercado por uma paisagem natural exuberante. É a maior e mais bem estruturada cidade do Pantanal. O traçado urbano foi todo planejado, acompanhando o curso do rio e inclui muitos museus e casario bem-preservado, com destaque para o Casario do Porto, em frente ao cais, com cerca de 80 imóveis do século 19 (com influência da arquitetura europeia) tombados pelo Iphan. O município exibe também uma Estrada-Parque, em que se pode avistar muitos animais do Pantanal.
A história de Corumbá é marcada por uma história de conflitos, tendo sido palco da Guerra da Tríplice Aliança, quando o Brasil se juntou à Argentina e ao Uruguai para juntos derrotarem o Paraguai. Corumbá chegou a ser ocupada pelas tropas paraguaias durante dois anos, de 1865 a 1867. Outro destaque na história do município é sua importância portuária. Com a abertura dos portos brasileiros e com o comércio junto a outros países latino-americanos, Corumbá chegou a ter o terceiro maior porto da América Latina, o que durou até cerca de 1930. Nas próximas décadas, o transporte fluvial começou a perder espaço para o terrestre. Hoje, as maiores fontes de renda da cidade são turismo e comércio, além de pecuária. A produção de artesanato ainda é tímida, mas tem potencial para geração de renda com pouco impacto ambiental.