Associação Cultural Indaiá
As 25 artesãs que integram a Associação Cultural de Indaiá trabalham com o manejo sustentável das fibras provenientes da palmeira indaiá, com a criam bolsas, sandálias, chapéus, almofadas e outros objetos decorativos.
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CARTEIRA CASUAL
CHAPÉU COM GORGORÃO
PÁSSARO INDAIÁ
BOLSA MOSAICO DUBAI
CHAPÉU COM GORGORÃO
CACHEPÔS
ALMOFADA MANDALA
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Sobre as criações
Indaiá é como são comumente chamadas as palmeiras do gênero Attalea ou da espécie Pindorea concinna, estão presentes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. De porte baixo, seu tamanho pode variar de 5 a 20 metros de altura e é uma planta de muitos usos, conhecimento partilhado entre povos tradicionais e indígenas. O caule, frutos e sementes são comestíveis e as folhas são utilizadas em construções, cordas e trançados.
A fibra resistente é a base do artesanato produzido pela Associação Cultural Indaiá. O trabalho inicia-se com a colheita das folhas pelas artesãs, que selecionam as mais apropriadas para o trançado, respeitando o crescimento da planta em um manejo sustentável da mata.
Após a colheita, a fibra é cortada e cozida com limão. O tempo de secagem depende do clima, com alguns dias de sol e sereno a palha está branquinha e macia para as tranças. Além do tom natural, pode ser tingida em diversas cores com corante a base d’água.
Todo esse processo é herança indígena, conhecido pela população de Antônio Dias há muitas gerações. A forma de trançar a palha em chapéus é muito tradicional, porém pouco valorizada nos dias atuais.
Por isso que, com a consultoria do designer Marcelo Maia, buscaram desconstruir o chapéu criando novos objetos de moda e decoração. Mantendo os saberes tradicionais, uma das inovações foi inserir pontos de cor nas tranças, criando padrões orgânicos e elegantes. Com a palha são costuradas bolsas, sandálias, chapéus, almofadas e outros objetos decorativos.
Sobre quem cria
As 25 artesãs que integram a Associação Cultural de Indaiá têm apoio do Instituto Cenibra desde 2005. Ao longo dos anos, o foco do trabalho vem sendo a economia criativa, gerando trabalho e renda para as artesãs e preservando o conhecimento ancestral do trançado da palha de Indaiá.
O ofício repassado de geração a geração, de mãe para filha, é aprimorado através das ações do programa, que aliam design à qualidade técnica da produção. Em 2017 contaram com o apoio do Edital Reconhecer da Fundação Vale e a partir daí foi possível aprimorar ainda mais a estruturação do projeto. Elaborando desde a gestão, passando pelo plano de manejo sustentável da palha de Indaiá, design e organização de comunicação e vendas.
O reconhecimento desse trabalho vem crescendo em todo país, através da comercialização das peças nas principais feiras e lojas especializadas do setor.
Sobre o território
Antônio Dias é um município localizado no interior do estado de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, em uma região montanhosa com a Mata Atlântica como vegetação predominante. Devido à vastidão de suas florestas, a região era conhecida como Vale Verde.
A exploração do território habitado pelos índios botocudos remonta ao século XVIII, sendo considerada sua fundação em 1706 pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira. Teve o desenvolvimento populacional, o desmatamento e a construção de casas, estabelecimentos e ruas intensificado a partir do início do séc. XX, com a instalação da estrada de ferro. Por influência da importância econômica das siderúrgicas, a região passou a ser chamada de Vale do Aço e a cidade, pertencente ao chamado colar metropolitano do Vale do Aço, é uma das principais fornecedoras de mão de obra e matéria prima para as atividades siderúrgicas da região.
As festas populares como a Festa de São Benedito e o CarnaDias, carnaval fora de época que ocorre em março e abril são atrativos culturais da cidade. Os atrativos naturais ficam por conta das belas trilhas e cachoeiras localizadas na área rural de Antônio Dias.