A Rede Artesol - Artesanato do Brasil é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Casa de Cultura Karajá


As técnicas utilizadas na produção artesanal karajá são variadas, como a cestaria, a arte cerâmica, entalhe em madeira e atualmente, trabalho com miçangas.  O trançado feito tanto por homens quanto por mulheres, já a arte cerâmica é exclusiva das mulheres, que dominam todas as etapas da produção.

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Sobre as criações

As técnicas utilizadas na produção artesanal karajá são variadas, como a cestaria, a arte cerâmica, entalhe em madeira e atualmente, trabalho com miçangas. 

O trançado feito tanto por homens quanto por mulheres, apresenta em suas tramas motivos inspirados em partes dos corpos dos animais, como tatus e jabutis. Com fibras naturais como buriti e babaçu, se produzem cestos, balaios, peneiras, potes e esteiras. 

Já a arte cerâmica é exclusiva das mulheres, que dominam todas as etapas da produção, criando utensílios como potes, pratos e colheres e as bonecas com temas mitológicos, rituais, da vida cotidiana e da fauna.

As bonecas Karajá Ritxòkó foram declaradas patrimônio cultural imaterial do Brasil em 2012 pelo IPHAN. Estas figuras de cerâmica possuem uma função lúdica para as meninas, atuando como elementos de socialização, uma vez que representam papéis e cenas da vida cotidiana. 

Casa de Cultura Karajá / Crédito das fotos: Divulgação

Sobre quem cria

A Casa de Cultura Karajá foi fundada em 2002 e atua desde então como importante ponto de apoio e comercialização da produção de 16 aldeias, tendo 36 artesãos cadastrados, nos estados de Tocantins e Mato Grosso. 

A organização do espaço tem como objetivo principal o fortalecimento da atuação produtiva e comercial das mulheres e jovens Karajá, por meio de ações de aprimoramento das peças e elaboração de uma estratégia de comercialização eficiente. Além disso, atuam em ações formativas e de bem estar social das comunidades. 

A produção artesanal, em especial das bonecas Ritxòkó, representa uma fonte de renda substancial para grande parte das famílias que vivem nas aldeias da Ilha do Bananal e região. 

Casa de Cultura Karajá / Crédito das fotos: Divulgação

Sobre o território

A Casa de Cultura Karajá localiza-se no centro da cidade de São Félix do Araguaia, Mato Grosso, e é um ponto de encontro para indígenas Karajá de 16 aldeias da região da Ilha do Bananal. 

As estradas que dão acesso ao interior da Ilha do Bananal são a rodovia BR-242 (mais conhecida neste trecho como Transbananal), a Transaraguaia (extensão não oficial da TO-255), além de uma estrada sem nome que liga a Aldeia Santa Isabel do Morro ao extremo sul da ilha, margeando o rio Araguaia e o rio Caracol.

É a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de vinte mil quilômetros quadrados de área, cercada pelos rios Araguaia e Javaés. Na divisa entre os estados de Mato Grosso e Tocantins, abriga cerca de quinze aldeias indígenas, sendo a maior delas a Aldeia Santa Isabel do Morro, localizada bem próximo à cidade de São Félix do Araguaia. A ilha é considerada um dos santuários ecológicos mais importantes do país por estar na faixa de transição entre a Floresta Amazônica e o cerrado, apresentando, assim, fauna e flora bastante diversificadas. Reserva ambiental brasileira desde 1959 e Reserva da Biosfera pela UNESCO desde 1993, é também uma das zonas úmidas de importância internacional, classificadas pela Convenção de Ramsar.  

Além dos Karajás, os outros povos indígenas que habitam a reserva são os Javaés, os Tapirapés, os Tuxás e os Avá-Canoeiros (mais conhecidos na região pelo apelido de Cara-Preta).

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