COOPERART – Cooperativa Artesanal Mista de Rio das Contas
O Crivo Rústico, técnica de bordado utilizada na produção das peças, é reconhecido nacional e internacionalmente, marcado pela rusticidade das tramas do tecido 100% algodão.
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Sobre as criações
A técnica de bordado utilizada na produção de peças de vestuário, cama, mesa e banho pela Cooperativa Artesanal Mista de Rio das Contas carrega uma característica marcante, a rusticidade das tramas do tecido 100% algodão o diferenciam a ponto de ser conhecido nacional e internacionalmente como Crivo Rústico.
O crivo, tipo de bordado de origem portuguesa, foi introduzida em Rio de Contas ainda no período colonial. Na época, usava-se muito linho, tecido mais fino e considerado nobre. Com a escassez do linho, as mulheres começaram a adaptar os tecidos de sacarias, que eram alvejados e preparados para o bordado. Com tramas mais abertas e linha mais grossa, o material proporcionou uma inovação no processo, hoje muito admirada.
A produção consiste em desfiar o tecido formando padrões geométricos, espécie de grades. A linha retirada é utilizada nos bordados, que podem também ser feitos com linha de algodão manufaturadas.
Sobre quem cria
A Cooperativa Artesanal Mista de Rio das Contas foi fundada em 1968 com o apoio do SEBRAE e do Instituto de Artesanato Visconde de Mauá. Após questões internas que fragilizaram sua estrutura, a cooperativa esteve por alguns anos fechada, até retomar as atividades em 1994.
De lá pra cá, as 15 artesãs responsáveis pela produção têxtil seguem na ativa, reunindo-se na sede 2 vezes por semana para produzirem juntas, discutirem questões pertinentes ao trabalho, e fortalecerem os laços comunitários.
Participam das principais feiras de artesanato nacional todos os anos, comercializam na sede em Rio de Contas e em lojas de diversos estados.
Sobre o território
Com base na história oral que perpassa gerações, sabe-se que o município tem sua origem como povoado em meados do séc. XVII. A formação estaria ligada a africanos que sobreviveram ao naufrágio de um navio negreiro na região de Itacaré, que estabeleceram-se na região tendo o curso do Rio de Contas como guia.
Era conhecido como Pouso dos Negros por ser um lugar de passagem, uma parada importante da rota dos viajantes vindos de Minas Gerais e Goiás que seguiam até os portos da Bahia para escoarem a produção decorrente da exploração aurífera.
Em 1710, além de um fluxo acentuado no caminho conhecido como Estrada Real, foi encontrado ouro no Rio Brumado e assim o povoado foi invadido por garimpeiros e mineradores de vários lugares.
Como todas as cidades que cresceram com a mineração, Rio de Contas desenvolveu-se e prosperou com a extração e teve seu declínio com o esgotamento das minas. Porém, conserva desse período próspero sua rica arquitetura, tombada como patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e muitas das tradições e costumes dos povos que circulavam na região.
Por essa profusão cultural, Rio de Contas é parada certa para aqueles que visitam a Chapada Diamantina. A cidade também guarda belos atrativos naturais, como cachoeiras e trilhas. Uma das mais visitadas é a que leva até o topo do ponto mais alto do Nordeste, o Pico do Barbado.