A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Coletivo D’Ouro Preto Bordado Solidário


O grupo Bordados D’Ouro Preto atua desde 1976 no fortalecimento da cultura local, movimentando um grande número de bordadeiras que encontram no ofício fonte principal ou complementar de renda. Sua produção é voltada especialmente a peças de vestuário e decoração, como batas, vestidos, camisas, bolsas e almofadas. 

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Sítio Chapada-Glaura, CEP 35408-000, Ouro Preto – MG

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Sobre as criações

A prática do bordado manual está tão enraizada na cultura mineira desde os períodos coloniais, que pouco se fala sobre sua longínqua origem portuguesa. Isso também se deve ao fato de, ao longo dos séculos, a técnica ter se adaptado tanto por aqui, que o bordado mineiro já é reconhecido como um estilo. 

O primor nos acabamentos, independe do tipo de material – tecido e linha – utilizados e a profusão de cores e formas, retratando a fauna e flora locais, denotam esse estilo tão admirado. 

O grupo Bordados D’Ouro Preto atua desde 1976 no fortalecimento da cultura local, movimentando um grande número de bordadeiras que encontram no ofício fonte principal ou complementar de renda. Sua produção é voltada especialmente a peças de vestuário e decoração, como batas, vestidos, camisas, bolsas e almofadas. 

Sobre quem cria

O Núcleo de Produção Artesanal D’Ouro Preto Bordados brotou no coração de Minas Gerais de maneira orgânica. De um auspicioso encontro entre Eduardo, Maria de Lourdes e as artesãs da região que adotaram como lar em meados dos anos 70, floresceu uma parceria de quase cinquenta anos. 

Ao se mudarem de Belo Horizonte para um sítio em Ouro Preto, perceberam o grande número de artesãs bordadeiras na vizinhança e decidiram investir na formação do grupo. O casal que era artesão na capital começou com a produção de peças de decoração e vestuário e no início dos anos 80 já estava exportando o trabalho para vários países. 

De lá para cá o trabalho aperfeiçoou-se em suas qualidades técnica e estética, imprimindo personalidade a cada novo desenho. Por conta disso, os bordados D’Ouro Preto são facilmente reconhecidos por aqueles que frequentam as grandes feiras nacionais de artesanato.

Ao longo dos anos receberam suporte e apoio da Superintendência Estadual de Artesanato, do Programa do Artesanato Brasileiro, do Governo Federal e estão inseridos no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB) como Núcleo de Produção Artesanal. 

Coletivo D’Ouro Preto Bordado Solidário / Crédito das fotos: Divulgação

Sobre o território

Fundada nas encostas de um estreito e sinuoso vale delimitado por duas cadeias de montanhas na região das chamadas Minas Gerais, a cidade histórica de Ouro Preto originou-se do processo de agregação de diversos arraiais de garimpo de ouro, ali estabelecidos no final do século XVII e início do XVIII. 

Por seu conjunto arquitetônico e urbanístico, foi declarada Monumento Nacional e tombada pelo IPHAN na década de 30. Em 5 de setembro de 1980 foi o primeiro bem cultural brasileiro inscrito na Lista de Patrimônio Mundial da Unesco. 

Foi a principal cidade do denominado Ciclo do Ouro e primeira capital do estado. Desse período de prosperidade as construções passaram a ser feitas de pedra e cal, demonstrando a riqueza advinda da exploração do ouro. Nesse período, grandes nomes do barroco brasileiro destacaram-se, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e o pintor Manoel da Costa Athaíde.

Após drástica redução da mineração e a mudança da capital para Belo Horizonte, em meados do século XIX, a cidade experienciou forte decadência e desinteresse. Porém com o florescimento da siderurgia e extração de minério, essa situação se reverteu. Atualmente, a cidade entrecortada por becos, travessas e ladeiras tem a mineração e o turismo como base de sua economia. 

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