Orivaldo de Oliveira


Orivaldo produz balaios, cestos de diferentes tipos, esteiras e luminárias, peças que carregam tanto a tradição quanto novas possibilidades de uso. A cestaria, antes voltada para o café e para o dia a dia rural, ganhou novos formatos e aplicações.

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Rolândia – PR

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Sobre as criações

Orivaldo aprendeu o trançado em bambu há mais de 30 anos, técnica que domina em todas as etapas, da colheita até o acabamento. Produz balaios, cestos de diferentes tipos, esteiras e luminárias, peças que carregam tanto a tradição quanto novas possibilidades de uso. A cestaria, que antes era voltada para o café e para o dia a dia rural, ganhou novos formatos e aplicações: luminárias que iluminam ambientes, esteiras usadas em biombos e forros, cestos para roupas ou pães. Além disso, Orivaldo trança padronagens variadas, como “coração prisioneiro”, “moinho de vento”, “estrela de Davi” e “escama de peixe”, entre outras.

O bambu utilizado é colhido de forma sustentável na região, preservando a planta que rebrota rapidamente. Para facilitar o processo, o artesão também importa e comercializa máquinas para destalar bambu, fortalecendo o ofício de outros trançadores no Brasil.

Foto de divulgação Artesol

Sobre quem cria

Natural de Iguaraçú radicado em Rolândia, no Paraná, Orivaldo se interessou pela cestaria desde jovem, quando os balaios eram indispensáveis nos cafezais da região. Foi aprendiz do mestre Antônio (in memorian), com quem aprendeu o corte e o trançado do bambu. Hoje, com a morte de seu mestre e de outros balaieiros locais, ele se tornou o guardião dessa tradição em sua cidade.

O trançado, para ele, é mais do que ofício: é fonte de renda, de prazer e de partilha. Durante a pandemia, teve seu trabalho reconhecido pela prefeitura de sua cidade e suas peças expostas no Museu Municipal de Rolândia. Além de vender suas criações, dedica-se a ensinar o artesanato do trançado. Conduz oficinas gratuitas, mantém um canal no YouTube e atende aprendizes tanto presencialmente quanto on-line, acreditando que dividir o que aprendeu é também honrar a memória de seu mestre.

Foto de divulgação Artesol

Para Orivaldo, o valor da cestaria transcende a dimensão utilitária ou econômica:

“A cestaria é uma tradição mundial, que parece ser espontânea na criatividade humana. Antes da América ser descoberta, os povos que viviam aqui já faziam cestaria. Na Ásia, há milhares de anos, já se fazia cestaria (…) A cestaria tanto para transporte como para armazenamento, é algo que parece que está no DNA das pessoas”.

Sobre o território

Rolândia, localizada no norte do Paraná e na Região Metropolitana de Londrina, nasceu ligada ao ciclo do café e até hoje guarda fortes tradições rurais. Fundada em 1934 por colonos alemães e outros imigrantes, recebeu o nome em homenagem a Roland, guerreiro medieval símbolo de liberdade e justiça — valores que inspiraram os primeiros moradores. Na década de 50, Rolândia teve na cafeicultura sua principal fonte de riquezas, ficando mundialmente conhecida como a “Rainha do Café”, quando a cafeicultura foi sua principal fonte de riquezas. Foi nesse contexto que os balaios ganharam importância, como ferramentas essenciais na colheita e no beneficiamento do grão. Hoje, com mais de 65 mil habitantes, Rolândia se destaca pela diversidade cultural, pelo turismo rural, pela gastronomia tradicional e pelo artesanato. Nesse cenário, o bambu cresce em abundância, margeando vales e áreas de preservação, e se torna a principal matéria-prima de Orivaldo. O clima úmido e o solo fértil da região favorecem seu crescimento rápido, tornando-o um recurso sustentável e acessível.

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