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Sobre as criações
“Vamos começar pegando um lápis e formar a base daquilo que vamos trabalhar” nos diz Natalia, a mestra rendeira que aprimorou seu conhecimento ao longo de décadas de trabalho e ensinou o ofício a tantas outras mulheres, repassando esse saber tão precioso. O risco é o primeiro passo, os contornos do lápis são cobertos com uma caneta esferográfica para ficaram mais visíveis e o lacê ocupa o lugar do traço; o cordão achatado e brilhante, que é costurado ao papel na etapa conhecida como alinhavo, é a estrutura fundamental da renda irlandesa. É a partir dessa estrutura que inicia-se o tecer, etapa realizada com uma agulha de mão e linha fina de algodão, que no agrupamento de nós, os pontos, preenche os espaços vazios criando o tecido. Essa etapa dos pontos é a mais longa, podendo levar meses de trabalho contínuo. Após concluída, corta-se o alinhavo despegando a renda do papel.
Algumas peças são feitas apenas com a renda e outras são feitas com aplicação de renda em tecido, como o linho. As peças criadas que vão desde roupas de cama e mesa, até decoração, acessório e vestuário.
Sobre quem cria
Natalia aprendeu a rendar em Divina Pastora, berço da renda irlandesa no país. De lá, como diz, carregou o básico e muito aperfeiçoou com os anos. Em 1979 chegou em Maruim onde ensinou renda a muita gente. Em 2008 foi convidada a dar um curso no Centro de Referência de Assistência Social, o CRAS do município, e desde então é contratada pela prefeitura para repassar seus conhecimentos.
Aos poucos o grupo se formou e com auxílio de Thiago, psicólogo do CRAS na época, formalizaram-se como associação. Continuam a se reunir no mesmo espaço, porém muito da produção é realizada na casa de cada rendeira. Ainda assim, a renda é uma atividade coletiva, pois o encontro entre as mulheres lhes permite trocar informações, criações, técnicas e pontos.
Sobre o território
A 30 km a norte da capital Aracaju, Maruim é uma pequena cidade da região do Baixo Cotinguiba. Foi elevada à categoria de município em 1854, porém sua extensa história inicia-se muito antes. Dizem ser dos primeiros povoados do estado e suas vastas plantações de algodão e cana de açúcar foram fundamentais na relevância econômica e política exercidas especialmente no século XIX e início do XX.
Em 1841 foi fundada pelo Barão de Maruim a Igreja Matriz de Nosso Senhor dos Passos que homenageia o padroeiro da cidade e é reconhecida como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo Iphan desde 2014. A festa do Nosso Senhor dos Passos é a mais antiga de Sergipe e reúne todos os anos os filhos e filhas da cidade no mês de janeiro.