A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Rodney Paiva


Rodney une sua imaginação com a biodiversidade da região para a criação das biojóias. São colares, pulseiras, brincos e bolsas feitos com madeira de refugo (que foram descartadas) e sementes que ela mesma coleta.

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Rio Branco – AC

A Artesol não intermedeia relações estabelecidas por meio desta plataforma, sendo de exclusiva responsabilidade dos envolvidos o atendimento da legislação aplicável à defesa do consumidor.

Sobre as criações

Produtos Artesol por Rafael Latorre

“O artesanato trabalha a mente da gente, trabalha o ser humano. Quando eu estou na oficina, eu esqueço de tudo. Quando eu vejo a peça pronta é muito lindo, é uma coisa que só Deus mesmo pra dar inspiração pra gente. Pegar uma madeira ali que já está no lixo e transformar aquilo em uma peça linda, não tem preço”.

RODNEY PAIVA

Rodney une sua imaginação com a biodiversidade da região para a criação das biojóias. São colares, pulseiras, brincos e bolsas feitos com madeira de refugo (que foram descartadas) e sementes que ela mesma coleta. Depois do beneficiamento que é feito por uma pessoa especializada, Rodney faz o polimento e o tingimento. Para essa etapa, utiliza tanto pigmentos naturais, como casca de cebola, como tintura para tingir roupa. As sementes que mais utiliza são de Jarina, uma palmeira típica da floresta amazônica, da Paxiúba e do Açaí. Por serem de reaproveitamento, as madeiras são variadas, mas as mais comuns são a de Maracatiara, Jaqueira, Morapiranga e Paxiúba.

Sobre quem cria

“Foi uma caminhada muito longa, muito difícil, mas eu não desisti. Essa palavra não existe pra mim. Eu tenho muita fé”.

RODNEY PAIVA

Rodney Paiva é amazonense e vive em Rio Branco, desde 2003, quando acompanhou o esposo que havia recebido um convite de trabalho na capital acreana. No Amazonas, trabalhava como cabeleireira, vendedora, entre outras coisas, mas não hesitou em dizer sim à possibilidade de viver coisas novas. Foi assim que o artesanato entrou em sua vida. 

Em Rio Branco, começou a fazer cursos variados voltados para o segmento, oferecidos pela Fundação Bradesco e pelo Sebrae. Beneficiamento de madeira e sementes, melhoramento, acabamento, empreendedorismo foram alguns deles.

A sua dedicação em aprender e se aperfeiçoar sempre mais lhe trouxe grandes presentes, como o Prêmio de Excelência da Unesco que ganhou em 2012, o TOP 100 do Sebrae em 2015 e o Prêmio Grande Negócio em 2017.

Sobre o território

Rio Branco é a capital do estado do Acre, região cuja história é marcada pelo ciclo da borracha e pelos conflitos políticos que culminaram com a criação do Acre Território após o fim da revolução acreana. Somente em 1962 o Acre foi transformado em estado. Mas mesmo com todos os difíceis processos pelos quais a região passou, toda a violência, principalmente contra as comunidades indígenas locais, a região segue marcada pela presença de mais de 15 etnias indígenas, como Kaxinawá, Arara, Jaminawa, Ashaninka, Madija, entre outros – sendo algumas aldeias isoladas. 

A diversidade se faz presente também na vegetação, pertencente ao bioma amazônico. Inúmeras palmeiras, árvores, sementes, aves, felinos, entre outros animais, colorem a região e inspiram a imaginação dos artistas e artesãos que podem unir a sabedoria e o conhecimento populares com as belezas vivas da floresta.

Diante de um processo de desmatamento que tem arrasado com a biodiversidade de tantas regiões brasileiras, o Acre parece um oásis. Mas, talvez por se tratar de um estado recente, ainda marcado pelos conflitos do passado, há pouca consciência da importância, da riqueza e da beleza da região.

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