Mostrar contatos
AbrirFechar
Os contatos devem ser feitos preferencialmente via Whatsapp.
A Artesol não intermedeia relações estabelecidas por meio desta plataforma, sendo de exclusiva responsabilidade dos envolvidos o atendimento da legislação aplicável à defesa do consumidor.
Sobre as criações
Sonia molda no barro esculturas que retratam mulheres e homens negros. Para a pintura, a ceramista utiliza os pigmentos naturais que obtém a partir da própria argila.
Sobre quem cria
A ceramista Sonia Costa se formou em Educação Artística na Universidade Católica de Salvador e se encantou com o universo da cerâmica, a partir de um curso que fez pela Escola Aliança Francesa. Depois disso, buscou na Universidade disciplinas voltadas para a tecnica e passou a explorar o universo da escultura. Começou fazendo figuras humanas e mais tarde, inspirada na dançarina e modelo Valéria Valenssa que representava a personagem globeleza, da emissora Globo, passou a moldar figuras negras. A sua mãe, hoje com 100 anos de idade, também foi, e ainda é, importante inspiração para a sua criação.
Além de talentosa ceramista, Sonia também se alegra em poder compartilhar o conhecimento da cerâmica para outras pessoas. Chegou a ter um atelier na avenida do Peixe, região de tráfico, onde recebia crianças que passavam e demonstravam interesse e curiosidade. Hoje, um dos sonhos de Sonia é poder construir um novo espaço, onde possa acolher crianças e adolescentes, oferecendo um espaço de confiança, onde possam criar outras possibilidades de vida, diferentes das que o meio social onde se encontram inseridos, marcado pela violência, lhes oferece comumente.
Sobre o território
Salvador, ou “São Salvador da Bahia de Todos os Santos”, como foi nomeada no momento de sua fundação, em 1549, foi sede do Governo Geral até o ano de 1763. Salvador é considerada a cidade mais negra do mundo fora do continente africano, sendo mais de 80% da população afrodescendente.
É uma cidade histórica fortemente marcada por tradições populares, como as festas afro-religiosas. O artesanato em todo o estado da Bahia traz em si os complexos processos de troca cultural. Em especial a cerâmica produzida em diferentes partes do estado carrega na base de seu saber fazer as heranças indígenas que se perpetuaram nas trocas com os negros que lutavam por sua liberdade, e, mais tarde, com os negros libertos após o fim da escravidão.