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Sobre as criações
Na comunidade de Várzea Formosa conta-se que foi uma indígena de passagem quem ensinou a tirar a matéria prima do ariri e do licuri, trata-las e trança-las. Saber ancestral de origem indígena, a técnica é trabalhada há várias gerações no local. A coleta é feita com a ajuda de foice, facão ou faca. A palha precisa ser coletada pela manhã bem cedo e recolhida para ser preparada à noite, quando está macia, para que não fique ressecada.
Com a fibra riscada e preparada para o trançado, é que inicia-se a união dos pequenos feixes com auxílio de uma agulha e uma linha feita da própria palha. A construção começa sempre na formação de um centro que vai crescendo circularmente de acordo com o tamanho e formato da peça. Da base sobem as laterais formando cestos, caixas, bolsas etc.
Sobre quem cria
A Associação Palha Formosa da Serra foi fundada em 2004 com acompanhamento do Instituto Mauá. Começaram com 26 associadas e, passados mais de 15 anos, o grupo fortaleceu-se e conta hoje com 31 artesãs associadas.
Durante esses anos de história, tiveram capacitações e apoio de outras instituições e projetos, como o Germinar, a Fundação APAEB, e a União Sertaneja, projeto do Instituto Aliança com financiamento da União Europeia. As atuações são sempre pensadas na gestão comunitária, geração de renda e melhoria na qualidade de vida das artesãs.
Com nova sede inaugurada em 2018, as associadas têm o artesanato como principal fonte de renda. Com a técnica que aprendem desde a infância observando as mulheres mais próximas da família, produzem objetos utilitários e decorativos valorizados não só no estado da Bahia, como em todo território nacional.
Sobre o território
Município do Centro Norte Baiano, Itiúba, com seus quase 40.000 habitantes, integra a região Sisaleira do estado, junto a outros 25 municípios. A cultura do sisal foi introduzida no início do século XX por Horácio Urpia Júnior, que trouxe as primeiras mudas e máquinas para beneficiamento dos Estados Unidos.
O clima hostil sertanejo, com seus longos períodos de estiagem e rios intermitentes, revelou-se ideal para a planta cujo cultivo é até os dias de hoje principal fonte de renda da região.
Ainda que Várzea Formosa trabalhe outras fibras também comuns à caatinga, como o licuri e o ariri, no local se partilha da tradição artesanal e de características de organização social comuns aos outros municípios, como a forte tradição de cooperativismo e associativismo.