Roberta Donato 


Roberta utiliza as técnicas da papietagem e papel machê para dar vida a personagens da cultura popular Pernambucana, como crianças brincando, bonecas e esculturas que são ricas em cores e expressões.

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Contato Roberta Lira
Jardim Atlântico, Olinda – PE

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Sobre as criações

“É como se as coisas tivessem um formato na minha cabeça e eu vou só passando pra escultura” – Roberta Lira. 

Em 2017 sua produção viveu grandes mudanças, tanto nas técnicas quanto na temática. Ela passou a trabalhar com papel machê e papietagem, deixando de trabalhar com a massa de biscuit, sua principal matéria prima até então. Foi a versatilidade do papel machê que a chamou. Ela experimentou, e gostou. Já sua temática se centrou na “cultura da minha cidade, o que eu vejo no meu dia a dia, a fauna, a flora de onde eu vivo, são essas coisas que me inspiram”.  

Seu processo de trabalho varia conforme o tipo de peça que pretende elaborar. Para esculturas, como sereias, personagens do Maracatu pernambucano, utiliza uma base reaproveitada, como frascos de shampoo, sobre as quais constrói camadas de papietagem, para dar a forma que deseja à escultura, depois, introduz camadas de papel machê para modelar a peça, seca, lixa, pinta com tinta PVA, seca, e passa verniz, para dar mais durabilidade à peça. Alguns bonecos são articulados, como a La Ursa, e têm seus corpos confeccionados em fuxico, pés, mãos e cabeça em papietagem e papel machê.  

Foto de divulgação Artesol

Já para as máscaras, ela usa uma base plástica reaproveitada, em cima da qual modela com papelão e sobrepõe as camadas de papietagem, plástico filme, papel machê, pintura e verniz. O conjunto das etapas de produção pode levar dias, tendo em vista a secagem das camadas de papietagem, para modelar as peças, de papel machê. A pintura das peças, por sua vez, é um delicado fazer que desenvolveu sozinha, o qual narra como “ir vestindo a peça”: primeiro, ela pinta a cor da pele, depois, os olhos, os cabelos e, por fim, as roupas. Vestidas, as peças estão prontas para encantar o mundo.  

Sobre quem cria

Roberta Lira Donato, nascida em Olinda/PE, tem contato com a modelagem desde os 19 anos. À época, aprendeu a fazer flores em biscuit com a tia. Com os anos, se aperfeiçoou, fazia topos para bolos de aniversário, “me descobri autodidata na modelagem, não fiz curso, aprendi sozinha”, encontrando os limites no uso do biscuit, decidiu experimentar outros materiais, e foi aí que conheceu o papel machê. Em 2017 fez as primeiras tentativas, utilizando papéis de notas, folhas de velhos livros, cola branca e gesso. Modelou esculturas de crianças, em um primeiro momento. A prática lhe levou a melhorar os acabamentos, e a técnica, que conta com camadas de papel machê, papietagem e pintura minuciosa, deram origem à bonecos de traços mais delicados, crianças de olhar sonhador com pipas que parecem prestes a lhes escapar das mãos.  

A virada em seu trabalho ocorreu justamente com uma peça de crianças empinando pipa, “Crianças de Papel”, foi aceita na galeria de Arte Sustentável da Feira Nacional de Negócios Artesanais (FENEARTE) em 2019. Ali sentiu que seu trabalho era visto e admirado por outras pessoas. Atendendo a um pedido, produziu sua primeira máscara de La Ursa em 2024, “ficou meio quadrada a máscara, mas ficou parecida com a La Ursa e o pessoal gostou!”. 

Fotos de divulgação Artesol

Desde então, incorporou máscaras à sua produção: La Ursa, a personagem enraizada na cultura pernambucana, animais da fauna e da flora local passaram a nascer em máscaras de diferentes tamanhos, tendo como base materiais reutilizados, que proporcionam uma boa estrutura e leveza às peças.  

Ela conta que se sente realizada em trabalhar com artesanato, que começa a colher os primeiros frutos, com reconhecimento do público, e uma sensação de encontro consigo mesma e com uma linguagem artística própria, “eu sinto que nasci para me expressar dessa forma!”. 

Sobre o território

Olinda é um município brasileiro do estado de Pernambuco que pertence à Região Metropolitana do Recife. Foi fundada em 1535, sendo a mais antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO. Título que recebeu em 1982, após Ouro Preto – MG.  

A cidade abriga dezenas de igrejas e conventos barrocos e mantém o seu estilo colonial. Olinda chegou a ser a vila mais rica do Brasil Colônia entre o século XVI e as primeiras décadas do século XVII, chegando a ser referida como “Lisboa pequena”, tendo sido sede do Brasil colonial entre 1624 e 1625 por ocasião das invasões neerlandesas. 

A vila manteve-se próspera até a invasão holandesa à Capitania de Pernambuco, quando os neerlandeses, após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas na capital da Nova Holanda (Recife), incendiaram Olinda. Com o término da Insurreição Pernambucana, Olinda voltou a ser a sede da capitania, perdendo o posto em meados do século XIX. 

Em 2006, Olinda foi eleita a primeira Capital Brasileira da Cultura, após concorrer com as cidades de Salvador e João Pessoa, por ser um importante núcleo de manifestações populares e do artesanato de tradição. 

Fotos de divulgação Artesol

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