A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Trama Tecelagem


O trabalho começa na construção dos teares pelas habilidosas mãos de seu Silvio, pai das outras 3 integrantes do grupo, que tecem nessas arcaicas máquinas de madeira, tramando a história da família e do município. 

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Sobre as criações

Crédito da foto: Vanessa Gomes

O trabalho começa na construção dos teares pelas habilidosas mãos de seu Silvio, pai das outras 3 integrantes do grupo, que tecem nessas arcaicas máquinas de madeira, tramando a história da família e do município. 

Muito da produção é feita com algodão orgânico, plantado pela própria família ou comprado de outros moradores da cidade, que também cultivam a planta em seus quintais. Os fios são fiados na roca por dona Mariquinha que produz de 10 a 15 quilos por mês. Como é um ofício raro na região nos dias de hoje, a família adquire toda a produção também como forma de incentivo para que ela continue a fiar. 

Dentre as tantas belezas que saem dos teares, os repassos tradicionais se destacam. São chamados assim os padrões característicos goianos desenvolvidos em teares de 4 pedais. Os “códigos de repasso”, combinações possíveis, são registrados em gráficos de orientação que se assemelham a uma partitura musical com quatro linhas horizontais. Cada linha representa um quadro do tear e os pequenos traços indicam como os fios devem ser passados nos quadros.

Dessas belas tramas surdem mantas, jogos americanos, toalhas, caminhos de mesa, colchas e tecidos que são vendidos em metro para confecção de roupas e acessórios. 

Sobre quem cria

Crédito da foto: Vanessa Gomes

Crédito das fotos: Vanessa Gomes

Celina, Celene, Celestina são da quinta geração da família Alvarenga que trabalha com tecelagem. Juntas ao pai, seu Silvio, produzem mais de 50 peças por mês que comercializam no próprio espaço. 

Os teares produzidos por seu Silvio são encomendados de todo canto do Brasil e recebem muitas visitas de crianças e adultos, curiosos e apaixonados. Faz parte da atuação do grupo demonstrar todo o processo, desde a fiação até o tecido pronto, como forma de educar olhares e informar sobre o ofício tão tradicional na região.

Sobre o território

Crédito da foto: Vanessa Gomes

Um dos primeiros municípios do estado de Goiás, Pirenópolis é um município histórico, tombado como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico pelo IPHAN desde 1989. 

A 120 quilômetros da capital Goiania, foi um importante centro urbano desde o século XVIII, período em que a mineração, comércio e agricultura estruturavam a economia local. O cultivo de algodão é antigo no cerrado, com clima e solo adequados, já no século XIX produziam para exportação. A ampla produção proporcionou o desenvolvimento de uma intensa cultura têxtil, com processos de tingimento natural e teares de tecnologia que permitiam a produção dos famosos repassos. 

Toda essa história e cultura estão em um ambiente de paisagem privilegiada. Localizada na Serra dos Pirineus, tem clima agradável e centenas de cachoeiras que encantam qualquer visitante. Por isso hoje Pirenópolis é um conhecido destino de turistas de todo país e mundo. 

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