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Sobre as criações
O bordado é uma técnica tradicional que tem sido explorada de inúmeras formas na produção artesanal. Nas mãos das bordadeiras de Icó, se tornou uma forma de contar história. Nas diversas peças que produzem entre almofadas, carteiras, caminhos de mesa, toalhas de mesa, bolsas, sacos, jogos americanos, tapetes, entre muitos outras, as artesãs trazem para seus bordados elementos, desenhos, formas e cores características da arquitetura histórica da cidade. Dessa forma, fazem do seu fazer artesanal também uma ferramenta de difusão e valorização do Patrimônio Cultural de Icó. Além do bordado, as artesãs também trabalham com o couro, usado para a confecção de carteiras e bolsas.
Sobre quem cria
A APROARTI nasceu em 2005, com o objetivo de estimular a produção artesanal local e oferecer maior estrutura aos artesãos, por meio de formações e difusão das manifestações culturais e artesanais da cidade. A organização estimula a capacidade produtiva de cerca de 60 bordadeiras e a venda dos produtos artesanais de alta qualidade nas regiões urbana e rural. Entre diversas atividades, realiza cursos de bordado Rococó, uma prática exclusiva da região, inspirada na arquitetura local. Os produtos são comercializados na loja da associação, em feiras regionais e interestaduais.
Além do trabalho com o artesanato, a Associação reúne outros núcleos de atuação como o teatro, a música, a dança, as artes plásticas, o patrimônio histórico, o turismo, entre outros. Atualmente, o grupo constitui importante referência cultural para o município e difusor da cultura local para a região e para país.
Sobre o território
Icó é uma cidade que fica no sertão do Ceará e foi a primeira cidade a receber um tombamento de conjunto urbano pelo IPHAN. Muito conhecida por suas ruas cheias de casarões e Igrejas do período colonial, a cidade constitui importante Patrimônio Cultural, artístico e arquitetônico cearense e brasileiro. A arquitetura da cidade demonstra a forte influência portuguesa e francesa que ganha estilo e características próprias da Região Nordeste com sua estética afro-brasileira e cabocla. Nos séculos XVIII e XIX, Icó se tornou um importante polo comercial do interior da Província do Ceará, momento em que estavam em alta a exploração do ouro e produção do charque. Nessa época, a cidade atraiu grande fluxo de visitantes que iam para os festejos da Semana Santa. As ruas com suas Igrejas e sobrados eram ricamente enfeitadas para a Festa que era um dos maiores e mais esperados acontecimentos da região.
Icó, também é conhecida como a “cidade das lendas”, pela imensa quantidade de causos narrados pelos moradores. Os protagonistas das histórias são as gentes do lugar que com seus costumes, sua forma singular de se comportar e de imaginar e contar histórias, misturam o sério com o jocoso, a ingenuidade com a astúcia sertaneja, e trazem ao trágico um ar cômico. Uma história bem conhecida na cidade, explica porque o lugar também é conhecido como a “Terra do Louro”.
Conta-se que houve um momento, no século XIX que as plantações sofriam com uma praga de louros, ave também conhecida como papagaio. Os senhores fazendeiros, então, passaram a oferecer aos escravos recompensa de uma moeda por cada cabeça de louro cortada. Dessa passagem da história surgiu uma lenda que se tornou emblemática da cidade e que chegou a ganhar diferentes versões, algumas com tom mais jocoso. Por ocasião de uma enchente, desceu um papagaio falante que aos gritos dizia: “Salve-me, Acudam-me!”. Resgatado das águas pelos icoenses, o papagaio então perguntou onde estava e, ao saber que se encontrava em Icó, disse: “Pois, joguem-me na enchente, pois nessa terra eu não fico! Prefiro morrer afogado que degolado!”