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Sobre as criações
O grupo Ladrilã tem como principal inspiração as formas e as cores dos ladrilhos hidráulicos que são um revestimento decorativo produzido manualmente e que está presente no mundo todo. As artesãs utilizam as técnicas do tricô gigante, feito com os braços ou com agulhas gigantes, e tecelagem na produção dos produtos tanto para o uso pessoal quanto para decoração. São ponchos, mantas, almofadas, tapetes, entre outros. A peça mais conhecida é a luminária Anêmona que surpreende pela textura e pela iluminação que cria. Premiada na 25ª edição do Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira, em 2011, a luminária foi criada a partir do feltro moldado como um globo, a superfície possui orifícios e saliências, que lembram anêmonas-do-mar.
Sobre quem cria
A Associação nasce em 2010, sendo fruto de uma reunião realizada por alguns produtores rurais que queriam encontrar formas de agregar valor à lã e fomentar seu uso na produção artesanal. Com o apoio do Sebrae, a associação recebeu consultoria das designers Tina Moura e Lui Lo Pumo, com quem criou a coleção Lã em Casa. A partir das oficinas o grupo passou a produzir peças inovadoras que exploram as texturas da lã em objetos inusitados, como bancos, cestos e luminárias. Hoje, cerca de 12 artesãos compõem a associação que tem começado a pensar e oferecer oficinas na região com o intuito de capacitar mais pessoas na arte de fiar e tecer a lã.
Sobre o território
As artesãs que compõem a associação são das cidades de Pedras Altas e Pelotas, no Rio Grande do Sul. A ovinocultura, produção de ovelhas, sempre foi uma atividade de tradição e central na economia do estado. No início do século XX, com a I Grande Guerra, houve grande demanda internacional tanto pela lã como pela carne, o que fomentou a ovinocultura.
Nas décadas de 80 e 90, o processo de industrialização modificou o cenário, substituindo a lã pelas fibras sintéticas, o que ocasionou grande declínio do rebanho ovino comercial do Rio Grande do Sul. Hoje, vive-se uma nova ascensão da produção, consequência do aumento do poder aquisitivo da população e do aumento do consumo de carne.
Como as técnicas de fiação e tecelagem da lã foram se perdendo nos últimos 50 anos, quase toda a lã recolhida pelos produtores rurais era vendida para o Uruguai, onde a tradição da tecelagem segue forte. Com a criação da Ladrilã, tanto a fiação como a tecelagem no tear tradicional voltaram a fazer parte do cotidiano de algumas artesãs. A lã é tosquiada no início do verão e volta a crescer em alguns meses, garantindo a proteção necessária às ovelhas.