A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Chitarte – Associação Artesanal Chitarte de Cachoeira Bahia


O tecido de Chita, caracterizado pelas cores vibrantes em estampas florais, é explorado de diversas maneiras pelo grupo: em aplicações, tingimentos, fuxicos e rebordados, formando uma gama de produtos que carregam cor e alegria, com forte identidade.

Mostrar contatos

AbrirFechar

Os contatos devem ser feitos preferencialmente via Whatsapp.

Telefone (75) 98841-5117
Contato Bárbara Nunes de Santana
Praça Dr. Vacareza, 08, sl 2 – Pitanga, CEP 44300-000, Cachoeira – BA

A Artesol não intermedeia relações estabelecidas por meio desta plataforma, sendo de exclusiva responsabilidade dos envolvidos o atendimento da legislação aplicável à defesa do consumidor.

Sobre as criações

Foto de divulgação Artesol

A cidade de Cachoeira tem uma relação secular com tecido de algodão conhecido como chita, presente na história e movimentos culturais da cidade desde o período colonial, como no Samba de Roda, manifestação cultural originária da cidade.

O grupo de mulheres já se reunia para trabalhar com bordado e outras técnicas manuais desde os anos 1980, mas foi apenas em 2015, por meio de um projeto para geração de trabalho e renda da ONG Artesãos do Brasil (Salvador – BA), que o grupo se formalizou e passou a resgatar a história do tecido. A chita foi adotada como suporte de seus trabalhos e como o principal elemento que dá identidade ao trabalho da Associação.

O tecido de Chita, caracterizado pelas cores vibrantes em estampas florais, é explorado de diversas maneiras pelo grupo: em aplicações, tingimentos, fuxicos e rebordados, formando uma gama de produtos que carregam cor e alegria, com forte identidade.

A partir do tecido, trabalham com 32 pontos de bordado: alinhavo, ponto atrás, caseado, rococó, correntinha, dentre outros. Realizam um trabalho muito original, que tem como produtos finais jogos americanos, almofadas, flores moldadas com arames, bolsas, guardanapos e toalhas.

Dentre as peças de chita, destacam-se as flores estruturadas em porta-guardanapos, buquês e acessórios como colares e presilhas.

Sobre quem cria

Foto de divulgação Artesol

A associação é composta por 17 mulheres, que se reúnem com frequência, e se destaca pelo orgulho em formar um grupo unido, de apoio mútuo e participativo. Todas bordam e costuram, ensinando e aprendendo entre si, ainda que dividam os processos de produção diante de uma grande demanda.

Se reúnem para definir os temas das coleções, explorando as referências do território e o material de diversas maneiras, sempre inovando sem perder a identidade do grupo. O trabalho é dividido em etapas, desde a escolha das cores e pontos de bordado que criam contrastes de encher os olhos, até a costura dos produtos.

Desde 2015, o grupo conta com a parceria do SEBRAE-BA, participando de rodadas de negócios e apoio em consultorias de design em seus processos criativos. Essas mulheres formam um grupo bastante organizado e experiente, pela continuidade do trabalho coletivo e pela participação em feiras nacionais e regionais. Também expõem seus produtos permanentemente na Loja do Artesanato da Bahia em Salvador.

Sobre o território

Foto de divulgação Artesol

Cachoeira é uma cidade do recôncavo baiano, às margens do Rio Paraguaçu, com aproximadamente 33 mil habitantes e uma vasta história de prosperidade econômica entre os séculos XVI e XIX, envolvendo a cultura da cana-de-açúcar, tabaco e o comércio de pessoas escravizadas.

Ainda, em 1822, a cidade foi a pioneira no movimento emancipador do Brasil, tornando-se sede do Governo da Bahia em 1837, tamanha sua importância no processo de independência do estado e, consequentemente, do Brasil.

A cidade também foi berço do Samba de Roda, manifestação cultural reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade, que surgiu no século XVIII e utiliza o tecido chita como elemento fundamental de sua indumentária.

A chita também está presente na tradicional Festa Nossa Senhora da Ajuda, realizada em novembro. A celebração tem como personagens milenares o Mandú e o Cabeçorra, que usam máscaras como um símbolo de inclusão social. No passado, as pessoas negras escravizadas podiam fazer parte da festa usando tais máscaras.

Membros relacionados