A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Elizabeth Horta Correa 


Mestra na técnica de Renda Tenerife, Elizabeth é pesquisadora e divulgadora desta arte, além de produzir diversas criações, de mandalas a pingentes, se inspirando em como era feita essa arte no fim do século XIX e em aprendizados que constrói em trocas com artistas e pesquisadores de outros países.

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Sobre as criações

Foto de divulgação Artesol

Mestra na técnica de Renda Tenerife, também conhecida como Nhanduti ou Renda Sol, Elizabeth tem criações diversas, entre elas mandalas, pingentes, centros de mesa, colares, xales e rendas para luminárias. Em geral, utiliza fio fino de algodão em módulos de no máximo 8 centímetros, se inspirando em como era feita essa arte no fim do século XIX. A partir de muita pesquisa e trocas com artesãos de outros países – principalmente Paraguai e Espanha – Elizabeth se empenha em resgatar e criar padrões da renda em sua trama radial, valorizando a variedade de pontos possíveis desta rica técnica ancestral. “A relação que você tem com o artesanato é uma relação meditativa. Você vira o fio. É um misto de intuição e inteligência”.  

A Renda Tenerife se caracteriza por sua armação em molde circular e em almofada, o uso de agulhas e fio fino, sua trama radial, além de seus pontos guipure e nós. Sua origem data da Europa no século XVI e estudiosos pesquisam sua existência e variações principalmente na Espanha e na América Latina, para onde teria sido trazida a partir da colonização espanhola. Em seu canal no YouTube, Elizabeth tem vídeos sobre a história da técnica e outros em que ensina diferentes tipos de pontos.  

Sobre quem cria

Foto de divulgação Artesol

Formada em Artes Plásticas, Elizabeth Horta Correa sempre se interessou pelo artesanato como consumidora. No começo dos anos 2000 conheceu o Nhanduti e se apaixonou pela técnica, embarcando na longa e prazerosa pesquisa sobre esse tipo de artesanato de que pouco se falava no Brasil. Através da internet, busca resgatar e reescrever essa história esquecida.  

Como Mestra Rendeira premiada pelo Ministério da Cultura-MINC, Elizabeth viaja como Embaixadora dos Soles, fazendo conexões pelo mundo através da renda. Entre outros lugares, já viajou para a Croácia, EUA, Paraguai, Colômbia, Venezuela e para a Espanha – origem da técnica do século XVI.  

Além de participar com frequência de eventos de museus e casas de cultura nacionais e internacionais, desde 2020 promove o Sol Lace Day, encontro online internacional das Rendas Soles, e acredita muito na potencialidade dessas trocas internacionais pelas redes para resgatar essa técnica e sua história.  

Sobre o território

É em Atibaia que Elizabeth tem seu primeiro contato com a Renda Tenerife, cidade para a qual se mudou no começo dos anos 2000. Depois de um trabalho com a FUNAP que surgiu a partir de um curso da Rede Artesol na cidade, ela se apaixonou pela técnica e virou uma pesquisadora e investigadora da região. Em 2002, é criado o coletivo Nhanduti de Atibaia, que é reconhecido como Ponto de Cultura em 2018, certificado pelo Ministério de Cultura – MINC.  

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