A Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro é uma iniciativa da Artesol, organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 1998 pela antropóloga Ruth Cardoso. Seu objetivo principal é promover a salvaguarda do artesanato de tradição cultural no Brasil. Por meio de diversas iniciativas, a Artesol apoia artesãos em todo o país, revitaliza técnicas tradicionais, oferece capacitação, promove o comércio justo e dissemina conhecimento sobre o setor.

Grupo Matizes Dumont


Com o “bordado livre” e espontâneo que rompe com os padrões da técnica original, a família de artistas Matizes Dumont cria a partir da mistura de traços, tecidos e matizes, novas possibilidades expressivas.

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Sobre as criações

Com origem no bordado mineiro clássico, essa família de artistas criou novas possibilidades, deu novos sentidos a esse milenar ofício. Com o “bordado livre” e espontâneo que rompe com os padrões da técnica original, a família de artistas Matizes Dumont cria a partir da mistura de traços, tecidos e matizes, novas possibilidades expressivas. Inspirada na natureza e na diversidade da cultura brasileira, a família borda principalmente telas que deram origem a uma arte visual com caraterísticas próprias, dotada de grande profundidade e delicadeza. São telas bordadas em diferentes tamanhos e materiais que passam por complexo processo de criação, começando pela concepção do desenho, feito pelo irmão Demóstenes, artista plástico. Os tecidos são, então, escolhidos criando composições e recriando os espaços traçados por Demóstenes. As bordadeiras são as que dão vida e movimento às telas, em processo de co-criação, trazendo suas cores, texturas, formas e volumes, de forma improvisada e espontânea.

Sobre quem cria

Matizes Dumont é um grupo familiar constituído por três gerações de bordadeiras que se dedicam há mais de 30 anos às artes visuais. O grupo foi fundado pela mãe, Antônia Zulma Diniz Dumont, falecida em 2023, e é atualmente composto pelo filho Demóstenes e as filhas Ângela, Marilu, Martha e Sávia. Além de introduzir a linguagem do bordado como forma de expressão nas artes visuais e em ilustração de livros, o Grupo Matizes Dumont desenvolveu uma prática psicopedagógica chamada “Bordar o Ser”. Dessa forma, sua atuação tem sido de grande importância para a difusão do bordado livre no Brasil, como forma de promover o desenvolvimento humano e social. A família tem experiência em diferentes áreas como a Educação Ambiental, Cultura Popular, Saúde e Meio Ambiente, Processos de desenvolvimento de grupos e Planejamento Estratégico Participativo.

Sobre o território

Pirapora é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, banhado pelas águas do Rio São Francisco. De origem tupi, o nome Pirapora significa “Salto do peixe”. O nome faz referência ao período da desova dos peixes, em que costumam saltar sobre as águas para vencer as corredeiras do rio e alcançar a cabeceira, local mais propício à desova.

No século XVIII, com a expansão da pecuária em direção ao sertão nordestino, partindo da foz do São Francisco, muitos Índios Cariris, fugiram das perseguições promovidas pelos vaqueiros, margeando o Rio. Muitos se estabeleceram na região, hoje compreendida pelo município de Pirapora. Mais tarde, chegaram à localidade também garimpeiros, pescadores, pequenos criadores de gado, entre outros. A atividade de maior relevância era a pesca, se constituindo, com o tempo, importante polo de abastecimento da região, no ciclo da mineração.

A partir da segunda metade do século XX, o turismo passou a ser atividade de grande relevância para a economia local. Pirapora era rota dos Vapores, grandes barcos que navegavam o leito do Rio. Hoje, os barcos encontram-se atracados, sem possibilidade de navegação, devido à situação de profunda degradação do Velho Chico.

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